top of page

VI ENCONTRO INTERNACIONAL DA SPESM

VI ENCONTRO INTERNACIONAL DA SPESM Saúde Mental em Portugal -­ Ponto da situação Dias 7, 8 e 9 de Maio 2015 - COVILHÃ

RESUMO DAS CONCLUSÕES DAS OFICINAS

No decurso do Encontro realizaram-­se, durante a tarde de sexta-­feira, três Oficinas de discussão sobre o mesmo tema: Plano Nacional de Saúde Mental/Ponto da situação.

Cada Oficina contou com cerca de 30 participantes, com larga dispersão geográfica, de Bragança a Faro, e com uma grande variedade de técnicos: Psiquiatras e Pedopsiquiatras, Interno(a)s, Enfermeiro(a)s, Psicólogo(a)s, Técnico(a)s de Serviço Social, Administradore(a)s, IPSS, Associação de Famílias, Entidade Reguladora da Saúde, etc.

Das conclusões das três Oficinas, lidas em Plenário no sábado, pode concluir-­‐se em

resumo:

A concordância generalizada com o PNSM e as suas linhas estratégicas, mas com a

evidente dificuldade na sua implementação, tendo sido referidos como eventuais

entraves:

(I) O não cumprimento do mesmo por parte da tutela:

-­ Problemas de natureza económica;

-­ Falta de estratégias locais de Saúde que permitam adequar o Plano às realidades locais

(Ex.: Conselho Regional de Saúde Mental);

­‐ Falta de autonomia dos DPSM que permita operacionalizar as atividades julgadas

necessárias (Ex.: falta do CRI);

- ­ As continuadas e marcadas assimetrias de recursos e a necessidade

urgente de novos modelos de avaliação, que valorizem o trabalho

extra-­hospitalar (comunitário, formação, consultadoria, articulação). O atual modelo

reforça a vertente hospitalocêntrica e permite “engenharias” que distorcem os objetivos desejados.

(II) Articulações: Foi evidente a preocupação de todos em reforçar todo o tipo de

articulações Interinstitucionais, e em todos os sentidos, sendo referido por vários participantes

a crescente dificuldade de articulação com os CSP, dada a instabilidade evidente no percurso da

sua Reforma, com marcada instabilidade de colocação dos MF e consequentemente dificuldade

de ações continuadas.

(III) Cuidados Terciários/Continuados: Foi evidente a preocupação da maioria nesta

área, nomeadamente a carência de estruturas de reinserção/reabilitação e a existência de

legislação demasiado rígida, que afasta as IPSS que articulam com os DPSM desta

importante componente. Foi evidente ainda a grande preocupação com as notícias publicadas

sobre esta temática, nomeadamente a eventualidade de algumas soluções em

estruturas desinseridas e afastadas do meio sociocultural e familiar do doente, o que

constituiria graveretrocesso nesta área (mini asilos?). Os diferentes grupos defendem que

os Cuidados Continuados Integrados deverão ser, no limite do possível, não desinseridos do

meio familiar e, se não for possível, em estruturas no meio sociocultural de proximidade

e integrados no tecido comunitário.

(IV) Outras preocupações/sugestões:

-­ A necessidade de centrar mais no doente e nas famílias (Associação de Familiares)

as preocupações e não tanto nos indicadores;

-­ A necessidade de o financiamento se aproximar da capitação;

-­ A ideia de que a crise pode ser geradora de novas interações e novas experiências, mas

também justificar a inércia e a ineficácia dos serviços;

‐ A urgência na legislação sobre o Património dos Doentes


© 2023 by Biz Trends. Proudly created with Wix.com

bottom of page